Brasil - A falta de interação social e a deficiência de linguagem são sinais comuns em pessoas que vivem com autismo. Algumas dessas pessoas também apresentam alterações no comportamento, como crises de irritação, agressividade e agitação.

Para tratar esses transtornos, que geralmente começam a aparecer aos três anos de idade, o Sistema Único de Saúde vai oferecer o Risperidona, medicamento administrado para melhorar a qualidade de vida das pessoas com autismo. É o que explica a coordenadora-geral de Saúde da Pessoa com Deficiência do Ministério da Saúde, Vera Mendes:

"Existem casos muito graves e esses casos têm que ser tratados adequadamente que inclui o tratamento medicamentoso. É um medicamento que ajuda muito ao equilíbrio e as próprias terapêuticas que são ofertadas para pessoa com autismo na saúde, mas também a permanência dessas pessoas dentro de um ambiente escolar e em outras atividades da vida social exige que a pessoa possa estar, minimamente, no máximo de equilíbrio possível para poder estar participando mais ativamente da vida social."

 A estimativa do Ministério da Saúde é que o medicamento Risperidona esteja disponível no SUS a partir do início de 2015 e que, anualmente, beneficie 19 mil pacientes com autismo no Brasil. O filho da dona de casa, Nazaré Souza, por exemplo, tem nove anos de idade e faz o tratamento com o Risperidona desde os três anos. Nazaré conta que está feliz porque não vai mais precisar pagar pelo medicamento:

"Pra mim vai ser muito importante porque nem sempre eu tenho o dinheiro pra comprar e, eu sabendo que tem alguns postos de que podem oferecer esse remédio, eu não vou deixar faltar e, quando ele não toma o remédio, ele fica muito agressivo. Eu mando manipular, são 31 reais, ele toma sete ml duas vezes ao dia, só dá para um mês."

O SUS já oferece tratamento terapêutico para pessoas com autismo em centros especializados. São ações de habilitação e reabilitação, coordenadas por equipe multiprofissional. De acordo com o Ministério da Saude, o medicamento Risperidona associado ao conjunto de terapêuticas contribui para o desempenho do paciente. Para saber mais, acesse www.saude.gov.br


Informações e reportagem, Ana Cláudia Amorim